segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Para não pensarem que desisti!

Deixo com vocês um trecho do livro Christian Anarchy, de Vernard Eller:

"'Existe, então, uma política cristã de paz válida?'
Essa pergunta é feita de maneira errada, então deve ser respondida com um não. Lembremos o quão inflexível Barth foi ao se colocar contrário a qualquer programa ou partido que levasse o adjetivo 'cristão', ou 'religioso', e que tentasse usar esse adjetivo como uma recomendação de sua verdade e superioridade. Programas políticos cristãos são tão impossíveis quanto fórmulas matemáticas cristãs ou receitas de bolo cristãs.
Vamos tentar de novo: 'Existe, então, uma política de paz válida, da qual cristãos possam participar conscientemente?'
Com certeza! Não há nem mesmo motivos para negar que pode ser a teologia cristã da paz que o leve a participar de algum esforço político. Porém, enquanto engajado neste esforço, o cristão é obrigado a participar como um simples cidadão (uma entidade política), não tomar posições enquanto cristão. Toda proposta feita precisa ser justificada no plano político, humanamente possível de se alcançar por meios particularmente humanos – não no plano de que Deus ordena e promete que fará. É a mesma coisa que um cristão que seja físico, mas ele mantém suas teorias físicas dentro dos limites humanos e não tenta melhorá-las recorrendo aos milagres de Deus. Os limites dos discurso devem ser respeitados: enquanto estiver fazendo teologia, deve-se falar de Deus; quando se fizer política, não se deve falar de Deus."

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